Apostando no poder de união e de paz de espírito geradas pela música, o Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre (IEFP) e seus parceiros realizam no próximo domingo, dia 18, a partir das 16h30, o primeiro Festival Ecumênico de Música Religiosa. A festa será na Concha Acústica e contará com mais de 10 denominações religiosas locais. Elas vão se apresentar com 1 a 3 músicas, cada, totalizando 24 canções de diferentes religiosidades em toda a programação do festival.
Os grupos religiosos participantes são: do catolicismo, do evangélico, do budismo, da fé bahá’i, do espiritismo, do candomblé e de umbanda, de seicho-no-ie, de ayahuasca, de protestantismo e, a grande novidade em um festival de música, de religiões indígenas. Deste último segmento, estão convidados a participar índios das etnias locais kaxinawá, jaminawá e yawanawá.
De acordo com o secretário geral do Instituto Ecumênico, o teólogo Manoel Pacífico, o festival de música religiosa é mais uma grande oportunidade para envolver todas as religiões acrea-nas em torno de uma atividade maior de descontração, respeito e harmonia à diversidade religiosa, destinada para os seus seguidores de cada doutrina. Trata-se de um evento de caráter educativo e que, como conta o ex-padre Pacífico, servirá para dar uma brecha à força de união da música.
“Expressar-se através da música é uma das formas mais bonitas e eficientes de juntar as pessoas. Por isso e pela participação inédita dos grupos indígenas neste trabalho, este evento tem um significado muito interessante e especial para nós. Temos boas expectativas e esperamos que os membros de todas as denominações religiosas compareçam ao festival. Recebemos apoio da Fundação Elias Mansour e da Secretaria Estadual de Educação e uma adesão grande dos nossos parceiros das igrejas católicas e evangélicas, da Federação Espírita e do Centro de Religiões de Matrizes Africanas. Isso prova a aposta que fazem neste 1º festival”, disse o secretário do IEFP.
Pacífico contou de onde surgiu a ideia para o festival. Segundo ele, tudo partiu de uma ‘provocação’ no mês de julho, quando a cineasta Marisa Dwir apresentou uma longa metragem que ela exibiu em um festival internacional de música e vídeos na Noruega. O filme era sobre a cultura dos índios acreanos, e mostrava as músicas religiosas deles. Enquanto ela exibia o longa por aqui, surgiu o pressuposto de fazer um festival só com as músicas locais. Daí surgiu este festival.
Pacífico disse que o evento também vem para contemplar a data comemorativa do movimento de consciência negra contra o preconceito racial. Só que, no caso, o festival vem para reforçar o combate a qualquer tipo de preconceito, incluindo o racial.
Fonte: Jornal AGazeta
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