Alunos participantes das ações formativas do ODC e interessados em geral tiveram a oportunidade de conhecer e discutir o contexto político e cultural de uma realidade geograficamente distante do centro do país, porém, bem viva e presente diante das novas aspirações para o cenário da política cultural.
O quarteto formado pelos acreanos Eurilinda Figueiredo, presidente da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil – FGB; Aretuza Bandeira, historiadora e gestora cultural da FGB; Giselle Lucena, jornalista e integrante do ODC; e pelo indígena Daniel Iberê, cientista político e conselheiro de cultura de Rio Branco, apresentaram uma brevíssima história do Acre, contextualizando o palco de encantamentos, imaginários, lutas, resistências e linguagens artísticas que compõem aquele lugar.
“Vivemos na história do Acre, longos momentos de conflitos para afirmação das identidades locais. Por isso, há um movimento muito forte de auto-afirmação que estão impressas nas mais diversas manifestações artísticas e nas expressões do patrimônio cultural do Acre”, explicou Eurilinda Figueiredo.
O Acre foi o último Estado a ser anexado ao Brasil. Antes disso, enfrentou várias décadas de confrontos com os países vizinhos e com o próprio Brasil, até ser constituído como um estado brasileiro, reconhecimento que, em 2012, vai completar apenas 50 anos. “O tempo do Acre é um tempo das contestações: temos o momento das ditaduras e lutas; temos o tempo dos indígenas isolados e, ao mesmo tempo, as pontes modernas no centro da cidade; temos, ainda, o tempo do jacaré que passa na rua”, explicou Daniel Iberê, cientista social e conselheiro de cultura de Rio Branco, diante das tantas perguntas a respeito da vida na floresta e dos povos nativos da região.
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Postado originalmente no site do Observatório da Diversidade Cultural (ODC)