Jornal Grande Bahia | Juarez Duarte Bomfim | Publicado em 06/07/2014
Todo aquele que de ti se recorde e te chame de coração, e confie, receberá a Luz.
Alquebrado pelo peso da idade e sentindo que se aproximava o dia de sua passagem para o mundo espiritual, Mestre Raimundo Irineu Serra dizia a todos que o procuravam:
- Eu não sinto dor. Eu não sinto fome. Eu não sinto nada. O que eu sinto é não ter para quem entregar o meu trabalho. E saudades de vocês. Eu sinto uma saudade tão grande de vocês que é isto que está me abatendo.
Já não comia carne, dizia que o organismo dele não mais aceitava essas coisas. No final de junho de 1971 ele chamou a um de seus seguidores mais próximos, Leôncio Gomes da Silva e lhe entregou a direção dos trabalhos, dizendo:
- Leôncio, tu vai assumir a direção dos trabalhos. Tu não vai ser o chefe. O chefe sou eu. Mas fique aí para receber as pessoas, para ensinar a doutrina. Escuta o que estou te dizendo, não faça mais do que estou te entregando.
Perto do dia 30 de junho de 1971, Percília Matos da Silva, discípula dileta, pergunta para ele:
- O senhor não gostaria de uma Concentração para melhorar sua saúde?
- É bom! Então vamos fazer. Chame o pessoal mais próximo.
E assim, a Concentração da noite de 30 de junho de 1971 – poucos dias antes do seu passamento – foi feita em benefício da sua cura. No final da função religiosa, Mestre Irineu perguntou:
- Quem foi que viu o meu enterro?
Os presentes disseram que não tinham visto nada, e ele disse que havia recebido um remédio e que ficaria bem.
- E que remédio é este, mestre?
- É um remédio que tem em todo lugar… Eu cheguei a um salão onde havia uma mesa arrumada, toda composta com as cadeiras em seu lugar, só havia uma cadeira vazia, a da cabeceira. Foi então quando a Virgem Mãe Soberana chegou ao meu lado e disse: “De hoje em diante você é o Chefe Geral dessa missão. O General. Tu és o chefe no Céu, na Terra e no Mar. Para todos os efeitos. Todo aquele que de ti se recorde e te chame de coração, e confie, receberá a Luz”.
Foi assim que, depois de 50 anos de trabalho, a Virgem da Conceição, Rainha da Floresta, afirmou e reafirmou o seu comando espiritual.
6 de julho de 1971. Depõe Percília:
“Todo dia quando eu saia daqui, ia lá. E, se não fosse, ele reclamava. Nesse dia eu fui. Ele estava alegre, alegre. Parecia não estar sentindo coisa nenhuma. Conversava e contava história. Fiquei um tempo por lá e disse que ia voltar pra casa pra fazer o almoço. Ele disse:
— Você não vai não. Você ‘tá com fome? – e chamou a menina para botar o almoço na mesa.
– Você não vai agora não. Quero conversar com você.
“Ele estava na maior alegria, contando tudo! Eu pensei: ‘Graças a Deus! Ele está bom!’ E disse para ele:
— Amanhã eu vou à rua, pois vou receber.
— Vá. Pode ir.
“Aí eu tomei benção e ele fez uma recomendação como nunca tinha feito antes. Não entendi nada. Eu o vi tão alegre que não suspeitei de coisa alguma. Ele me recomendou que eu fosse muito feliz. Saí tranquila… e satisfeita”.
A um grande mestre é dado o poder de saber a hora da sua passagem desta vida para o mundo espiritual. Jesus Cristo tinha todo o conhecimento da sua trajetória aqui na Terra, e isso, mais que facilitar a sua missão, aumentava o desafio rumo à vitória.
Prevendo o sofrimento que o esperava com a vil crucificação, suou “grossas gotas de sangue” no Horto das Oliveiras.
— Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo, a minha vontade, mas a tua.
Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um anjo que O confortava.
“Quando chegamos (Percília e Pedro, seu marido) em frente ao Palácio (Palácio Rio Branco, no centro da capital do Acre) encontramos a esposa do Seu Doca. Ela vinha amarela, com os cabelos assanhados. Foi logo dizendo:
— O Mestre, meu Deus! O Mestre morreu!
“Só acreditei quando cheguei. Ele ainda estava na cama. O suor derramando como se estivesse trabalhando muito”.
Foi nesta tarde de verão amazônico de 6 de Julho de 1971 que Raimundo Irineu Serra fez a sua passagem para o mundo espiritual, enquanto esperava um chá de folha de laranjeira que a filha Marta preparava. Nesse mesmo dia o seu corpo baixou à sepultura.
Pisei na terra fria
Nela eu senti calor.
Ela é quem me dá o pão
A minha Mãe que nos criou.
Havia ali um vaso cheio de vinagre. Imediatamente correu um deles (soldado) a tomar uma esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa cana e levando-a à sua boca dava-lhe de beber”… “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse:
- Está consumado!
Depois, tornando a dar um grande grito, Jesus entregou o Espírito, dizendo:
- Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito.
Dizendo isso, inclinou a cabeça, entregou o Espírito e expirou.
A minha Mãe que nos criou
E me dá todos os ensinos
A matéria eu entrego a ela
E meu espírito ao Divino
“Ele estava na maior alegria, contando tudo! Eu pensei: ‘Graças a Deus! Ele está bom!’ E disse para ele:
— Amanhã eu vou à rua, pois vou receber.
— Vá. Pode ir.
“Aí eu tomei benção e ele fez uma recomendação como nunca tinha feito antes. Não entendi nada. Eu o vi tão alegre que não suspeitei de coisa alguma. Ele me recomendou que eu fosse muito feliz. Saí tranquila… e satisfeita”.
A um grande mestre é dado o poder de saber a hora da sua passagem desta vida para o mundo espiritual. Jesus Cristo tinha todo o conhecimento da sua trajetória aqui na Terra, e isso, mais que facilitar a sua missão, aumentava o desafio rumo à vitória.
Prevendo o sofrimento que o esperava com a vil crucificação, suou “grossas gotas de sangue” no Horto das Oliveiras.
— Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo, a minha vontade, mas a tua.
Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um anjo que O confortava.
“Quando chegamos (Percília e Pedro, seu marido) em frente ao Palácio (Palácio Rio Branco, no centro da capital do Acre) encontramos a esposa do Seu Doca. Ela vinha amarela, com os cabelos assanhados. Foi logo dizendo:
— O Mestre, meu Deus! O Mestre morreu!
“Só acreditei quando cheguei. Ele ainda estava na cama. O suor derramando como se estivesse trabalhando muito”.
Foi nesta tarde de verão amazônico de 6 de Julho de 1971 que Raimundo Irineu Serra fez a sua passagem para o mundo espiritual, enquanto esperava um chá de folha de laranjeira que a filha Marta preparava. Nesse mesmo dia o seu corpo baixou à sepultura.
Pisei na terra fria
Nela eu senti calor.
Ela é quem me dá o pão
A minha Mãe que nos criou.
Havia ali um vaso cheio de vinagre. Imediatamente correu um deles (soldado) a tomar uma esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa cana e levando-a à sua boca dava-lhe de beber”… “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse:
- Está consumado!
Depois, tornando a dar um grande grito, Jesus entregou o Espírito, dizendo:
- Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito.
Dizendo isso, inclinou a cabeça, entregou o Espírito e expirou.
A minha Mãe que nos criou
E me dá todos os ensinos
A matéria eu entrego a ela
E meu espírito ao Divino
Nosso mestre, Raimundo Irineu Serra, adotou o lema do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento — Hei de Vencer — que hoje adorna as portas de entrada de muitas casas e centros daimistas. O que temos de vencer é o pecado e a morte, para alcançarmos as promessas do Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ao que vencer, farei dele uma coluna do templo do meu Deus; e nunca mais de lá sairá”, isto é, estará livre da “roda de sansara”, do ciclo de nascimento e morte, encarnação e desencarne… livre das agruras de ter que — “se Deus lhe der licença” — voltar a este plano de expiação e resgate que é o Planeta Terra.
Do sangue das minhas veias
Eu fiz minha assinatura
O meu espírito eu entrego a Deus
E o meu corpo à sepultura
Dona Percília esclarece: “e a história do remédio que ele tinha recebido é a terra onde se pisa. Ele não foi pra debaixo da terra? Ele não disse que tem em todo lugar? È a própria terra…”
Jesus Cristo, o Bom Pastor, veio para os seus: “Eu não deixo perecer nenhum daqueles que são meus”; Raimundo Irineu Serra, Mestre Ensinador, poderia afirmar, assim como o Cristo afirmou: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”, pois “bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”
A um irmão descrente que foi visitá-lo, e que lhe falou da dificuldade de acreditar em Deus, Mestre Irineu recomendou:
- Acredite em mim, que estou aqui, frente a você, que eu acredito em Deus por vós.
Aqui eu findei
Faço a minha narração
Para sempre se lembrarem
Do velho Juramidã.
Fonte: Jornal Grande Bahia - Blog do Juarez Bomfim
Do sangue das minhas veias
Eu fiz minha assinatura
O meu espírito eu entrego a Deus
E o meu corpo à sepultura
Dona Percília esclarece: “e a história do remédio que ele tinha recebido é a terra onde se pisa. Ele não foi pra debaixo da terra? Ele não disse que tem em todo lugar? È a própria terra…”
Jesus Cristo, o Bom Pastor, veio para os seus: “Eu não deixo perecer nenhum daqueles que são meus”; Raimundo Irineu Serra, Mestre Ensinador, poderia afirmar, assim como o Cristo afirmou: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”, pois “bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”
A um irmão descrente que foi visitá-lo, e que lhe falou da dificuldade de acreditar em Deus, Mestre Irineu recomendou:
- Acredite em mim, que estou aqui, frente a você, que eu acredito em Deus por vós.
Aqui eu findei
Faço a minha narração
Para sempre se lembrarem
Do velho Juramidã.
Fonte: Jornal Grande Bahia - Blog do Juarez Bomfim
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