Por Altino Machado
Sete entidades do Acre divulgaram uma "nota de esclarecimento" em que criticam a Superintendência da Polícia Federal pelo "constrangimento" de ter incinerado em junho, em Rio Branco (AC), ayahuasca (daime) junto com entorpecentes apreendidos durante operações no Estado.
As entidades, que contestam o "equívoco desta prática", afirmam que o daime, vegetal, ayahuasca, cipó, yagê ou hoasca é uma bebida sagrada de uso milenar por comunidades indígenas amazônicas e é parte integrante da cultura do Acre desde a primeira década do século passado, nos primórdios de sua formação.
Os signatários da nota pedem que as autoridades, no cumprimento das determinações legais referentes ao tráfico e usos indevidos de substâncias tóxicas ou entorpecentes, excluam a menção ao daime, vegetal ou ayahuasca.
Em caso de apreensão de ayahuasca, em circunstâncias de transporte ilegal ou outras situações que contrariem as condutas dos segmentos culturais, indígenas ou religiosos, sugerem que seu descarte seja realizado de forma respeitosa, em ambiente natural, de preferência na terra, desassociado de drogas, ou quaisquer outras substâncias ilícitas.
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